Escríbale al autor

Hugo Adrián Martinez
(Montevideo, 1977)

 

Nació en Montevideo, pero vive en São Paulo desde sus primeros meses de vida. Tiene un libro de poemas publicado, otro listo para la prensa y participa en un proyecto junto con otros tres jóvenes escritores que puede ser revisado en: www.estomagar.blogger.com.br. Actualmente estudia Letras en Español en la facultad de Anhembi Morumbi, São Paulo.

 

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As imagens eram pálidas quando as deixei
Vieram rastrear minhas pegadas baixo a lua onde pisei
Senti a solidão ao voltar- me ao redor e nada ver
E me perdi no coração do bosque sem deixar pó

Não tinha mais nada: água, música nem fé
Era um ser coagulado, era um ser em pé
Era desesperador o vento vazio na fronte
Mas eu, ereto como as arvores e transeunte como ponte

E de tudo me diferenciava se quisesse correr
Esse grito do fêmur, esse calcanhar alado
O equilíbrio do passo, sempre a espreita e calculado
Enormes eram os mapas dos meu calos

As estrelas coroavam as copas dos ciprestes
Eu tirei as luvas e andei descalço entre o logo
Eram a brisa, a águia, meus pés eram meus guias
Eram meus pés que denunciaram minha idade e repertório

Nada vale mais que os calos dos sapatos
Não há caminho, há caminho a fazer
Descanso no lago, me fecho em uma conclusão
Já diria o revolucionário:
"É melhor morrer de pé
do que morrer ajoelhado"

 

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